domingo, 22 de maio de 2011

Memorial do Gato Preto (Repost)


Foi numa manhã chuvosa de Sábado que ouvi a tua voz pela primeira vez. O teu chamamento tinha um tom que envolvia vários sentimentos: dor, frio, fome, solidão e medo. Quis ajudar-te mas não me foi permitido. Fui obrigada a esperar que a tua ajuda chegasse. Infelizmente um dia de chuva e frio se passou e a muito desejada ajuda não veio. Desta vez não cruzei os braços! Fui contra tudo e todos e tentei ajudar-te. Alimentei-te e aqueci-te e o principal…acarinhei-te. Apaixonei-me pela tua inocência e fragilidade. Não podia deixar-te só quando eras tão indefeso. Então mais uma vez levei a minha avante e ficaste comigo. Eu também tinha medo e por isso mal dormi de noite para te ajudar. Finalmente adormeci durante algumas horas embora fosse um sono nervoso. De manhã fui ter contigo e tomei-te nos meus braços. Duas vezes levantaste a tua cabeça para mim. Após uns instantes percebi que algo estava errado. Olhei para ti com atenção e percebi que já não estavas comigo. Uma dor insuportável apoderou-se de mim mas já não havia nada que pudesse fazer.
Neste momento só posso dizer uma coisa: obrigado por teres esperado por mim… Prometo que um dia estarei contigo…

03.06.2006

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Para perceber a importância de um livro é preciso tocá-lo, cheirá-lo, senti-lo. É uma capa, é uma folha, é letras impressas, é histórias, é sonhos, é vidas, é o que queremos ser e o que queremos viver. Um livro faz-nos sentir, alheia-nos da realidade e faz-nos voar nas horas em que compulsivamente o absorvemos como se nada mais neste mundo importasse. Um livro para mim é a mais doce obsessão que me podia ter sido apresentada neste corrupio que é a vida, pois não se trata apenas de uma leitura, trata-se de uma alma.