sexta-feira, 2 de março de 2007



E para inaugurar o novo blog, publico um texto inspirado numa fotografia…


Como aprender a lidar com o facto de o homem que amamos já ter amado outra pessoa tanto ou mais do que a nós? É difícil responder a esta pergunta. Creio mesmo que não existe resposta. O coração de uma mulher é um mar profundo de sentimentos e é, talvez, por esta razão que uma mulher se preocupa com estas ninharias. Amar tanto uma pessoa e saber que essa pessoa nos retribui o seu amor deveria chegar, não é? Mas não. Questões levantam-se. Porque o difícil não é esse homem ter amado outra mulher pois nós mulheres também amámos outros homens. O que se torna difícil é saber que esse amor levou a um casamento. E se esse amor chegou a este ponto é porque devia ser maior que tudo e mais forte que todos. Não era um amor de miúdos em que a paixão passa após uns tempos. Não… Tinha de ser um amor sincero para entregar a sua vida e o seu ser a outra pessoa. O seu corpo já dormiu e sentiu o calor de outro… Já acordou e olhou para o lado tendo o amor da sua vida retribuindo um amoroso bom dia. Tudo isso, não mata, mas mói. Mesmo sabendo que tudo acabou. O amor que era já não é. Agora esse homem ama outra mulher (uma de nós). Como lidamos nós sabendo que ele já viveu um amor tão pleno? É tão difícil afastar isto das nossas almas. Constantemente pensamos se estaremos ao mesmo nível do amor passado. Será que alguma vez chegaremos ao nível do amor passado? Mesmo quando ele nos diz AMO-TE olhando dentro dos nossos olhos…nós retribuímos o olhar e o sentimento mas, cá dentro…só pensamos: “os teus olhos já viram futuros filhos noutros olhos que não os meus…será que os meus são suficientemente fortes para veres isso novamente?”

2 comentários:

  1. Nunca tinha pensado nesse assunto com tanta intensidade. Não é preciso ter havido um casamento para pensar que o "homem que amo" já sentiu algo mais forte por alguém do que sente por mim. E prefiro não pensar muito, porque quando menos se espera e menos se pensa acontecem coisas maravilhosas,e se não acontecerem é porque não estava destinado.

    P.s - Cheguei a ver o teu outro blog, e acho que és um pouco filosófica, escreves coisas bonitas =) o meu blog é mais dado á palermice, lol. Quanto aquela cena da roupa de feira, tive uma má experiência, eheh. Bjokas*****

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  2. O amor não é quantificavel...mas há os mais marcantes, e essa marca reflecte-se na memória que deixa. Mas o importante não é a memória do passado, mas o sentimento do presente, cada um no seu lugar.
    Pelo menos esta é a minha perspectiva...e a dúvida é algo que evito, só atrapalha

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